​Dando prosseguimento aos preparativos da 14ª Edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação – Muticom, agendada para acontecer em Manaus entre os dias 25 e 28 de setembro de 2025, a Coordenação de Pastoral da Arquidiocese de Manaus, promoveu um encontro entre as equipes de serviço e os membros da coordenação nacional, Dom Edilson Nobre e Osnilda Lima, que integram a Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, que é quem promove este evento em âmbito nacional, que por sua vez é realizado pela (arqui)diocese que aceita sediar o evento. A reunião aconteceu na noite do dia 13 de novembro, no auditório Mãe Paula, da Cúria Metropolitana, encerrando a programação das visitas técnicas.

Ao iniciar sua fala, Dom Edilson Nobre, que é bispo da Diocese de Oeiras (Piauí) e membro da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, afirmou que a visita técnica realizada nos dias 12 e 13 de novembro foi realizada para uma proximidade com quem executará este evento, além de reuniões para firmar parcerias.

“Viemos aqui para um momento de convivência, de proximidade. Nós​ estamos chamando de visita técnica, por este ser um evento muito importante que vai acontecer aqui em Manaus. Foram dias completos de visitas institucionais, na busca de parcerias para este evento; e também para irmos alinhando nas nossas conversas. O primeiro contato nosso foi com o cardeal e os bispos auxiliares. Estivemos na Universidade Federal do Amazonas e na Faculdade Católica do Amazonas, procurando estabelecer parcerias porque a gente quer que este evento seja realmente marcante. E hoje nós também estamos concluindo a nossa peregrinação neste encontro com vocês. É um trabalho feito em mutirão que pede o envolvimento e engajamento das forças vivas existentes na comunidade eclesial”, destacou Dom Edilson.

 

Dom Edilson apresentou o evento aos presentes, e os passos dados até o momento. “Este evento é o décimo quarto que a igreja realiza e acontece a cada dois anos, com uma rotatividade, de modo que cada vez é uma diocese diferente. Uma vez que o bispo esteja de acordo, nós começamos a trabalhar. E foi constituída uma comissão que vem conversando, realizando reuniões online a cada mês. O trabalho vem sendo processado. Outros atores estão envolvidos e ajudando a pensar este evento conosco. E agora a gente está já na metade do caminho. Faz um ano que a gente se reúne. É um evento da igreja católica que tem como articuladora a Comissão Episcopal para Comunicação e que funciona sempre com o aval de um bispo, uma diocese que sedia aquele evento. Então, hoje estamos aqui acompanhando uma equipe central, com o Pe. Geraldo Bendaham, a Irmã Rosanna e outros membros que foram constituídos, que integram esta equipe, que depois vai se subdividir em outras equipes, e assim a gente vai formando esse trabalho no Mutirão”, explicou D. Edilson.

 

“O evento reúne comunicadores, mas não simplesmente comunicadores profissionais. Comunicadores, estudantes de comunicação, pesquisadores, também agentes da pastoral da comunicação, comunicadores populares, padres, freiras, bispos. É um evento que junta pessoas do mundo acadêmico, mas pessoas que fazem aquele trabalho mais simples, e também o trabalho de comunicação, que acontece na base, realizando a ação evangelizadora. É um evento rico porque você vai ver que tem uma pluralidade muito grande e a gente quer refletir qual vai ser a centralidade do tema para o próximo ano: ‘Comunicação e Ecologia Integral’, explicou Dom Edilson.

 

Em seguida, a responsável pela Comissão de Comunicação, Ana Cristhina, apresentou a identidade visual do evento que foi lançada no Encontro Nacional da Pascom, em julho deste ano, que possui características e significados próprios dos povos indígenas, que fazem parte da nossa cultura amazônica. “A gente quer trazer, através da identidade visual, uma imersão da nossa espiritualidade amazônica, naquilo que nos une, na dimensão vocacional, missionária e oracional, a partir do tema escolhido. É composto de várias partes: a primeira é um rosto jovem, que representa a nova era da comunicação em nossa região, e um rosto ribeirinho, com traços indígenas que representa também a nossa crença, a nossa cultura. E eles são interlaçados como uma planta em forma de uma cruz que traz a esperança, entendendo que a casa comum não é nossa, mas foi dada por Deus. Tem o encontro das águas e um marco cristão, que é a nossa Catedral, e um marco cultural, que é o Teatro Amazônia. E o logotipo traz várias simbologias através dos grafismos. E por fim a vitória régia que é uma planta que está em lugar de difícil acesso, representando um caminho que estamos percorrendo para cuidar da criação, uma esperança que vai nortear o nosso encontro”, explicou Ana Cristhina.

 

Segundo Osnilda Lima, o tema escolhido está ligado ao tema em vigência no momento, em especial na região que sediará o 14º Muticom. “Sempre os temas do mutirão estão de acordo com o debate do momento mais sensível da sociedade. Então, em sintonia com o tema da campanha da fraternidade, que tem como referência os 10 anos da Laudato Si, que será comemorado no ano que vem; o documento final do Sínodo para a Amazônia, que foi publicado em 2019; a exortação apostólica Querida Amazônia; a encíclica Laudate Deum;  a COP30, no mês de novembro, em Belém; a gente traz como referência o jubileu de 2025 – Peregrinos da Esperança, em que o Papa também faz menção ao cuidado com a Casa Comum. Estas são as referências. Nós vamos também preparar um guia de orientações para o Muticom, que já está quase finalizado, destacou”.

 

Para a realização do evento, são necessárias parcerias que ajudam através de diversas formas, como explicou Osnilda Lima.  “A gente sempre busca parcerias, nós fizemos vários diálogos fechando parcerias para o Muticom aqui, e provavelmente aparecerão mais organizações parceiras. Mas até o momento são: a Pastoral da Comunicação do Brasil, Signs Brasil, que é uma organização que trabalha com as TVs e emissoras de rádios de inspiração católica. Também estamos em diálogo com a Rede de Notícias da Amazônia, a RNA. Fechamos parceria com a UFAM e com a Faculdade Católica do Amazonas. E aí, como apoio, a Rede Amazônica e a Rádio Rio Mar. E o coração do evento são as equipes de serviço, por isso estamos aqui nesta reunião”.

 

São 19 as equipes de serviços e elas estão divididas em: Organização geral; Equipe pedagógica que pensa toda a programação do evento; Captação de recursos; Financeiro; Infraestrutura; Transporte e Hospedagem; Liturgia, ministros; Animação; Apresentações Culturais; Tecnologia/Transmissão; Educadores Ambientais; Comunicação e Divulgação; Acolhida e Credenciamento; Alimentação; Logística (assistência técnica); Ornamentação; Apoio; e Saúde. As equipes foram formadas tendo como base as experiências adquiridas nas edições anteriores e na realização do Congresso Missionário, ocorrido em novembro de 2023.

 

“O Mutirão é um chamado à união e à colaboração para um futuro sustentável, sobretudo com este tema que nós estamos trabalhando aqui em Manaus. E é um espaço para refletir o agir diante da emergência climática. E é uma ação colaborativa que já vem acontecendo. É esse grande ajuri (eu vim para ajudar), e ajudar naquilo que necessário for. Então, essa dimensão do ajuri, ela é muito importante no muticom. A proposta de programação nós estamos fechando. Tem o tema central e os subtemas, que serão as trilhas, que receberão o nome dos rios amazônicos. Serão 12 subtemas para aprofundar o debate em grupos de cerca de 40 pessoas organiza as pessoas em doze salas. A gente começa com a contextualização mais teórica sobre o subtema, e vai para o momento de trabalhos acadêmicos que serão inscritos pelos os estudantes e pesquisadores inscreverem os seus trabalhos. Depois vem o compartilhamento de experiências práticas, de experiências de comunicação que estão ocorrendo nessa temática da ecologia integral”, explicou Osnilda.

 

 

 

Via: Arquidiocese de Manaus